quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Da sutileza de ser flor

Inspiras o sol de cada dia;
À noite fazes as pazes
com recôndito ritual em velas;
Das vermelhas às brancas,
Das amarelas às violetas,
passando pelas rosas...


Por vezes entre pares;
Em outras confundidas
num misto de cheiros e cores;
Lá estão elas!
Entre as vozes de feirantes e entusiastas:
“Levas uma, para tua amada!”


És rodeada de perdão e ira;
Entraves de um destino não traçado;
Turvo; escurecido...

Por ela alguns dão a vida;
Também por ela
outros tantos desejam a morte;
Seria estranhíssima criatura;
Não fosse a sutileza de ser flor.

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